Campanha de Recolha de bolotas de carvalhos e sobreiros na EBVV
- Luís Vaz
- 9 de nov.
- 3 min de leitura

Os irmãos João e Miguel da turma do 5⁰B com as sacas de bolotas, devidamente identificadas de carvalhos alvarinho e de sobreiros, duas espécies autóctones muito importantes da nossa floresta nativa
Na passada semana, recebemos as últimas sacas com bolotas de carvalho ( Quercus robur) e de sobreiros ( Quercus suber), recolhidas pelos nossos alunos durante os ultimos quinze dias. Destacamos nesta recolha alguns alunos, devido á quantidade de bolotas recolhidas, nomeadamente o aluno Vasco da turma do 5⁰ G e os manos João e Miguel da turma do 5⁰ B. Mas agradecemos a todos os alunos que aderiram á nossa campanha e ao nosso desafio, o de recolher o maior número de bolotas possível, pois a nossa parceira Associação ALVA pediu-nos que arranjassemos bolotas em quantidade, já que nos encontramos numa zona geográfica com alguns carvalhais autóctones. Essas bolotas seguirão através desta Associação, para que alunos de Escolas da zona metropolitana do Porto possam também realizar sementeiras destas árvores autóctones, e no futuro irem aumentar o numeros de plantas nos hortos da Associação ALVA. Neste momento já reunimos milhares de bolotas prontas a semear e a enviar para outras escolas.
A criação de sementeiras de carvalhos autóctones em escolas básicas é de extrema importância e oferece benefícios duplos: são cruciais para a Educação Ambiental dos alunos e fundamentais para a Biodiversidade e Reflorestação do território.
Esta atividade transforma a escola num laboratório vivo, conectando diretamente os alunos com o ciclo de vida das espécies vegetais e a urgência de proteger a floresta nativa.

🌳 Importância Pedagógica e Social
A sementeira de bolotas de carvalho (como o sobreiro ou o carvalho-alvarinho) serve como uma ferramenta educativa prática e interdisciplinar:
Educação Ambiental Prática: Permite aos alunos aprenderem sobre o ciclo de vida das plantas, desde a bolota à árvore, de forma prática e ao longo do tempo. Isto promove o conhecimento e o respeito
pela natureza.
Consciencialização sobre Espécies Autóctones: Ensina a importância de plantar espécies nativas, que estão adaptadas ao clima local, promovem a biodiversidade e são mais resilientes ao fogo e às doenças do que as espécies exóticas.
Ciências Naturais: Permite a observação direta da germinação, fotossíntese e os requisitos de solo, água e luz, tornando os conceitos científicos mais tangíveis e interessantes.
Responsabilidade e Paciência: Cuidar de um pequeno carvalho durante meses ou anos (o carvalho é uma espécie de crescimento lento) incute nos alunos um sentido de responsabilidade e a compreensão de que os processos naturais exigem paciência e cuidado contínuo.
Trabalho Colaborativo: A manutenção do viveiro na escola incentiva o trabalho em equipa e a partilha de tarefas entre colegas e professores.
Importância Ambiental para o Território
Os carvalhos (género Quercus) são essenciais para os ecossistemas florestais portugueses, e as sementeiras nas escolas contribuem para o seu restauro:
Restauração da Floresta Autóctone: O carvalhal é um dos ecossistemas mais importantes da Península Ibérica. As sementes germinadas nas escolas podem ser posteriormente plantadas em projetos de reflorestação, contribuindo para a recuperação de florestas nativas.
Promoção da Biodiversidade: As florestas de carvalhos criam habitats ricos, sustentando uma grande diversidade de fauna (insetos, aves, mamíferos) e flora (arbustos, cogumelos). Ao plantar carvalhos, a escola ajuda a proteger a biodiversidade local.
Mitigação das Alterações Climáticas: Os carvalhos, como todas as árvores, são cruciais na captação de CO2 da atmosfera, contribuindo para o combate ao aquecimento global.
Resiliência Ecológica: As espécies autóctones, como os carvalhos, são mais resistentes à seca e menos inflamáveis do que algumas espécies de monoculturas, aumentando a resiliência da paisagem aos incêndios rurais.
Em suma, ao criar sementeiras de carvalhos, as escolas não estão apenas a realizar uma atividade manual; estão a cultivar futuras árvores, mas, mais importante, a cultivar a consciência ecológica e o compromisso ambiental das próximas gerações.

Muito Obrigado a todos os pais, alunos, professores e a todos os auxiliares educativos que estão a apoiar esta atividade que irá ter continuidade nas próximas sementeiras a realizar na nossa Horta Pedagógica.
O Planeta agradece
Luís Vaz
(Coordenador do Projeto Eco-Escolas da EBVV)











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