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Foto do escritorLuís Vaz

2ª Campanha de sementeiras de bolotas de carvalhos Alvarinho / alunos do Clube da Floresta "A Bolota"

Atualizado: 8 de nov.

Os quatro Heróis de hoje do Clube "A Bolota", a Matilde, o Mateus, a Inês e o Tomás Pinto, todos alunos do 6º ano e membros efetivos do Clube da Floresta "A Bolota" da EBVV



No Clube da Floresta "A Bolota", inserido no Projeto Eco Escolas da Escola Básica de Vila Verde, preocupamo-nos em oferecer aos alunos inscritos, um conjunto de experiências que desencadeiem uma ligação direta, emocional e profunda com a Natureza, com o objetivo primordial, de promover nestes alunos atitudes de respeito, dedicação, consciência e intervenção e promover o gosto pelas questões ambientais relacionadas com a "FLORESTA NATIVA" e também da Conservação da Natureza em geral.




Como tal tentamos oferecer aos nossos alunos oportunidades para os cativar, promovendo e aprofundando o conhecimento e os temas desenvolvidos na sala de aula, ao mesmo tempo que os sensibilizamos para as questões ambientais, com especial realce para a conservação e recuperação da Floresta Autóctone, que nesta zone geográfica são carvalhais dominados pelo carvalho-alvarinho (Quercus robur), mas com a presença de outras espécies como o sobreiro, padreiro, bétula, entre outras.


Para concretizarmos mais uma atividade deste jovem Clube, hoje pelas 10: 30 minutos, quatro alunos do Clube da Floresta reuniram-se na nossa Horta Pedagógica, com o professor Luís Vaz e o professor Lino Ramos, para realizarem mais uma sementeira de bolotas do nosso carvalho-alvarinho (Quercus robur). No final contamos cerca 100 bolotas perfeitas semeadas em vários suportes (temos um processo de selecionar as bolotas) como tetrapaks e em suporte de alvéolos.


Desta vez os alunos já foram autónomos nos processos da sementeira, pois já aprenderam anteriormente com o Sr. Abílio da Associação ALVA, nossa parceira neste Clube


PARA SABER MAIS:


Composição da nossa Floresta


No noroeste do país, zona onde nos inserimos, podemos encontrar ainda alguns carvalhais climácicos (ainda com elevados valores de biodiversidade), que revelam alguma da composição florística dos antigos bosques caducifólios que outrora abundavam nesta zona a que hoje denominamos de Minho. Nas encostas mais quentes e abrigadas aparecem o sobreiro (Quercus suber, L.), o medronheiro (Arbustus unedo,L.), o azereiro (Punus lusitanica, L.), o feto do Gerês (Woodwardia radicans L. Sm.), o feto real (Osmunda regalis L.), a uva do monte (Vaccinium myrtylus). Nas zonas mais abrangidas pelo clima atlântico, surgem as matas húmidas de carvalho-comum (Quercus robur, L.) e o azevinheiro (Ilex aquifolium, L.). Acima dos 900 metros o carvalho-comum dá lugar ao carvalho negral (Quercus pyrenaica, L.), existindo também o vidoeiro (Betula alba, L.), o pinheiro de casquinha (Pinus sylvestris, L.) e o teixo (Taxus baccata, L.).


O carvalho -alvarinho, é a espécie de árvore que domina os bosques "climácicos", para esta região do país No entanto nestes Carvalhais podemos encontrar outras espécies como o azevinho e o loureiro


Estes bosques (carvalhais) são um “testemunho” da verdadeira vegetação natural da Região do norte de Portugal, mais propriamente das matas húmidas de roble (Quercus robur L.) do noroeste de Portugal. Alguns botânicos, pensam que de facto a degradação deste ecossistema, as matas húmidas de roble (Fagosilva), se iniciou  há cerca de 8 mil anos, quando o homem se tornou Agro-pastoril, semeando trigo/cevada e iniciando-se na atividade da pastorícia. O ilustre botânico português, Dr. Jorge Paiva, num texto seu, sobre a "História da Silva Lusitana", afirma mesmo que: "Uma parte das montanhas do norte do país, como por exemplo, a serra de Castro Laboreiro, talvez já estivesse com a floresta muito degradada no início da nossa nacionalidade".


O carvalhal do Barreiro ocupa parte da encosta oeste do vale do Rio Laboreiro, margem direita do rio. É um carvalhal bem conservado, embora fragmentado pelas aldeias e seus lameiros bem como por áreas de matos, que formam zonas de clareira essenciais para a vida de muitas espécies. Dada a altitude a que se encontra (750 e 950 metros), este carvalhal é dominado pelo carvalho-negral, que em associação com outras espécies,


Como prova da forte presença humana nessa região, eventual responsável pelas primeiras degradações dos nossos bosques autóctones,  refere a riqueza arqueológica local, como por exemplo as "mamoas e os castros", que segundo estudos recentes, apontam  uma presença humana   mais antiga para esta região do Alto-Minho, de há 5 mil anos.


Semeia agora para teres uma boa colheita no FUTURO. O professor Lino Ramos ainda nos deus uma boa ajuda


Só me resta agradecer aos alunos presentes do Clube da Floresta "A Bolota", e ao sr. professor Lino Ramos , todo o trabalho e dedicação a este jovem Clube do Projeto Eco Escolas da EBVV.


Até breve



Vila Verde, sete de novembro de 2024


Luís Vaz


(Coordenador do Projeto Eco Escolas da EBVV)


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