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Foto do escritorLuís Vaz

Transplantação de carvalhos por alunos do 5⁰B e do 5⁰C / 11/04/24

Os alunos César Vaz e Tomás Pinheiro da turma do 5⁰ B transportam carvalhos-alvarinhos recentemente transplantados




Alunos das turmas do 5⁰B e do 5⁰C, retiram pequenas plântulas de carvalhos para os plantarem em pequenos vasos para serem colocados na horta pedagógica


Na passada quinta feira, dia onze de abril, a meio da manhã e sob um sol muito forte, um grupo de alunos da Turma do 5⁰C e da Turma do 5⁰B, deslocaram-se a um dos pequenos bosques da Escola na companhia do professor Luís Vaz e da professora Teresa Oliveira para recolherem algumas plântulas de carvalho-alvarinho (Quercus robur). Com muito cuidado retirarem do solo algumas plântulas de carvalho e plantaram-nas em pequenos vasos. Foram assim e no âmbito do Plano de Ação do Projeto Eco Escolas da EBVV, realizadas algumas transplantações, nomeadamente de carvalhos e azevinhos, duas das espécies que o Eco Escolas da EBVV, se comprometeu a produzir num pequeno espaço dentro da nossa Horta Pedagógica para mais tarde serem recolhidas pela Associação Alva, associação que realizou recentemente uma parceria nesse sentido.


A espécie de carvalho recolhido para transplantações foi apenas o carvalho roble ou alvarinho, o Quercus robur L.




A sementeira em vasos, outra atividade a realizar com os alunos ( de momento ainda não foi possível realizar devido à falta de bolotas), permite-nos seguir o processo de germinação das bolotas e o desenvolvimento dos carvalhinhos. Há vantagens pedagógicas - acompanhar estes processos, pois além de ser motivador, possibilita a realização de algumas atividades experimentais - mas também há vantagens do ponto de vista da produção florestal. Se assim não fosse, não existiriam pequenas árvores em viveiros. O desenvolvimento inicial em vasos confere alguma proteção às jovens plantas contra condições meteorológicas e climáticas desfavoráveis, para além de evitar a ação de predadores. Dá-nos também a certeza e a satisfação, na altura de plantar, que já temos árvores num determinado local. Todos as nossas plantas produzidas no nosso viveiro, irão ser recolhidas no final do ano letivo pela Associação Alva, que a partir daí se responsabilizará pela sua manutenção. No próximo ano ou daqui a dois anos a Associação ALVA convidará alguns dos nossos alunos para participarem nas suas jornadas florestais.



A outra atividade prevista é a sementeira direta de bolotas, que permite um crescimento da raíz sem constrangimentos. Nos carvalhos - árvores de raíz muito profunda - ainda antes de se observar qualquer parte aérea já a raíz poderá ter vários centímetros (ou mesmo decímetros) de comprimento. Enquanto houver reservas nutritivas na semente, a raíz poderá atingir zonas mais profundas em busca de água e nutrientes inorgânicos, assegurando um crescimento mais rápido do pequeno carvalho. No entanto estas sementeiras não poderão ser de momento realizadas, devido à falta de bolotas, mas estão planeadas para o futuro.


O loureiro e o azevinho são duas das espécies que aparecem nos bosques naturais do noroeste de Portugal. Como tal iremos também tentar produzir no nosso horto alguns exemplares destas plantas para fornecer ao nosso parceiro, a Associação ALVA


O sobreiro ( Quercus suber) é outra espécie da nossa floresta autóctone, que iremos também tentar produzir no nosso pequeno viveiro


Não nos podemos esquecer de que os carvalhos que hoje povoam Portugal ( oito espécies distintas), são a parte visível da chamada floresta Fagosilva ( floresta das fagáceas), que cobriria grande parte do território desde há pelo menos 12 mil anos. Esta floresta dominada por carvalhos substituiu o coberto florestal que existia previamente, a Laurissilva, um tipo de floresta dominada por espécies da família das lauráceas (Lauraceae), típica de climas mais quentes e húmidos ( floresta subtropical), e que cobre ainda hoje parte da ilha da Madeira. No continente restam pequenas áreas com estas antiguidades, os designados bosquetes de espécies relíquias, com adelfeira (Rhododendron ponticum), azevinho (Ilex aquifolium) ou teixo (Taxus baccata).


Alguns dos pequenos carvalhos-alvarinhos que se encontram num dos nossos pequenos bosques que foram transplantados pelos alunos das turmas do 5⁰B e do 5⁰C


O aluno Yevheni Smolii, da turma do 5⁰C foi o aluno mais aplicado na transplantação de carvalhos Alvarinho


Resta-nos agradecer toda a dedicação e empenho dos alunos envolvidos das turmas do 5ºB e do 5ºC, bem como á professora Teresa Oliveira e ao professor Luís Vaz, um grande entusiasta da promoção e recuperação da nossa floresta autóctone.


Vila Verde, 12 de abril de 2024


Manuel Esteves

( Coordenador do projeto Eco Escolas da EBVV)



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